Todas
as guerras do mundo são iguais.
Todas
as fomes são iguais.
Todos
os amores, iguais, iguais,
iguais.
Iguais
todos os rompimentos.
A
morte é igualíssima.
Todas
as criações da natureza são iguais.
Todas
as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo,
o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.
Não
é igual a nada.
Todo
ser humano é um estranho
ímpar.
Carlos
Drummond de Andrade
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