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domingo, 22 de agosto de 2010

          Mercado de audiobooks tem pouco alcance no Brasil

Escrito por Deisy Fernanda Feitosa
Qua, 18 de Agosto de 2010 18:55

Tudo começou de uma paixão por audiobooks: há alguns anos Sandra Silvério escutava fitas cassetes em inglês que evoluíram para as mídias de CD´s, depois para downloads de arquivos no computador e enfim, veio o MP3, para possibilitar a gravação de arquivos de áudio, vídeos e dados. Antes de 2006 custava muito no Brasil adquirir um livro dessa natureza e as facilidades da nova mídia serviram de incentivo para que ela entrasse nesse negócio: pesquisou cursos nos Estados Unidos e Inglaterra, começou a terceirizar serviços e alugar estúdio para a gravação dos livros. Nascia então a Editora Falante.
“Custava muito caro, quase 300 reais. Para organizar um audiolivro era necessário utilizar oito CD´s. Agora coloco 19 horas de áudio em dois CD´s de MP3”, comemora. Ainda são poucos títulos publicados ,apenas 30, mas Sandra já os comercializa para grandes livrarias do País. O diferencial dos livros falados que produz é que são gravados por atores renomados. A editora tem um foco em obras de língua portuguesa, direcionados à literatura, história da música clássica e formação de atores.
Para manter o negócio, Sandra tem buscado se capacitar cada dia mais: “Eu venho aprendendo diferentes áreas, como: áudio, acústica, dublagem e direção teatral”. Os custos para o tipo de trabalho ainda são muito altos, por isso exigem criatividade: “Para que eu consiga um preço mais acessível tenho que dar, às vezes, 08 personagens para o mesmo ator. No começo eu terceirizava, mas consegui, enfim, construir o meu próprio estúdio”, diz.
A editora ainda confecciona livros no formato de CD de áudio, mesmo sendo mais caros para a venda, pois garante haver público para o produto: “As pessoas gostam de escutar os audiobooks em seus carros. Até um ano atrás eu acreditava que nem todo mundo tinha tocador de MP3, muitos automóveis do ano ainda hoje não têm”.
Apesar do preço do livro digital ser mais acessível, Sandra informa que existe apenas uma pequena porcentagem do mercado em relação ao livro impresso. “Ele nunca vai vender mais que o livro impresso. Nos EUA que já têm mercado consolidado alguns títulos chegam a vender 10% do livro impresso, aqui no Brasil é no máximo 5%”.



                                        Sandra conta trajetória de trabalho com audiobooks

                                                                                                              Fotos: Gabriel Roman

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